segunda-feira, 3 de maio de 2010

3 de maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Todos os anos, o dia 3 de maio é a data que celebra os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, avalia a liberdade de imprensa no mundo, defende a mídia de ataques à sua independência e presta homenagem a jornalistas que perderam suas vidas no exercício de suas profissões.

O dia 3 de maio foi proclamado Dia Mundial da Liberdade de Imprensa na Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1993, seguindo recomendação adotada na 26ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO, realizada em 1991.

Ao informar cidadãos sobre a violação à liberdade de imprensa, o Dia destaca uma realidade que perdura em muitos países: publicações são censuradas, multadas, suspensas e arquivadas, enquanto jornalistas, editores e editoras são ameaçados, atacados, detidos e até assassinados.
Esta é uma data para encorajar e desenvolver iniciativas em favor da liberdade de imprensa e avaliar a situação da liberdade de imprensa em todo o mundo.
A ocasião serve também para lembrar os governantes da necessidade de se respeitar seus compromissos com a liberdade de imprensa e para gerar reflexão entre os profissionais de mídia sobre questões ligadas à liberdade de imprensa e a ética profissional. A data também apóia a mídia, alvo da repressão ou da abolição da liberdade de imprensa, e presta homenagem aos jornalistas que perderam suas vidas no exercício de suas profissões.
Para informações adicionais sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, por favor, visite o site do Setor de Comunicação e Informação da UNESCO.


Mensagem de Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO, a respeito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
Este Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, cujo tema é a liberdade de informação, representa uma oportunidade de lembrar a importância do nosso direito a informação.
A liberdade de informação é o princípio segundo o qual as organizações e os governos têm o dever de compartilhar as informações que possuem com qualquer pessoa que as solicite, bem como facilitar o acesso a tais informações, levando em consideração o direito do público de estar informado.
O direito à informação é essencial para defender outros direitos fundamentais, para fomentar a transparência, a justiça e o desenvolvimento. Juntamente com o princípio de liberdade de expressão, o direito à informação funciona como apoio à democracia.
É possível que nós não exerçamos, de maneira consciente, o nosso direito a informação. Mas, cada vez que nós lemos um jornal, ligamos a TV ou rádio para ver ou ouvir o noticiário, ou acessamos a Internet, a qualidade daquilo que nós vemos ou ouvimos depende do acesso que esses meios tiveram a informações atualizadas, críveis e precisas.
Os obstáculos que surgem diante do nosso direito à informação assumem diversas formas, que podem ser desde a carência de recursos e a insuficiência de infra-estrutura, até a obstrução deliberada do acesso às informações.
Muitos jornalistas desempenham sua profissão em contextos nos quais a regra é a restrição à informação e onde a pressão, o assédio, a intimidação e as agressões físicas são parte integrante de seu cotidiano.
No ano passado a UNESCO condenou os assassinatos de 77 jornalistas, a maioria dos quais não eram vítimas de guerras, mas sim repórteres que cobriam notícias locais.
Convido a todos os que hoje comemoram o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa a fazer um minuto de silêncio em memória daqueles a quem não podemos mais ajudar e em homenagem aos jornalistas que pagaram com suas vidas pelo direito a informação.
Por outro lado, precisamos reconhecer os progressos importantes que foram alcançados neste sentido.
É cada vez maior o número de países que adotam leis para garantir a liberdade de informação. Essas medidas facilitam a supervisão da ação governamental e reforçam a responsabilidade do público.
Ao mesmo tempo, a existência de uma tecnologia mais rápida e mais barata permite que um número cada vez maior de pessoas tenha fácil acesso a informações procedentes de outros contextos, fora do seu entorno imediato.
É hora de aproveitarmos ao máximo esses avanços, fortalecendo as instituições, fornecendo a formação necessária aos profissionais da informação, fomentando uma abertura maior em nossos setores públicos e uma ampla conscientização do público.
Faço um apelo aos governos, à sociedade civil, aos meios de comunicação e ao setor privado a colaborarem com a UNESCO na promoção da liberdade de informação no mundo todo.

Irina Bokova

Por Dialogosenmercosur

dialogos@dialogosenmercosur.org

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