quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL... FELIZ NAVIDAD... MERRY CHRISTMAS...






Merry Christmas, Baby

Frances Butt and Keith Warmington sing the classic Christmas blues Merry Christmas Baby, with Keith on harmonica, the wonderful Stuart Gordon on violin and Rick Payne on guitar.

Feliz Natal a todos!

Diálogos en Mercosur

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Debate Aberto:::"DEM" todo mundo é Samurai!

O país tem assistido nos últimos dias a vergonha da roubalheira na capital do Brasil. NEM todo mundo é samurai, senão, constrangidos, já teriam cometido o suicídio. Assim, para reflexão nossa do dia a dia, apresentamos o artigo do Prof. Luciano Oliveira, docente da Universidade Federal de Pernambuco, publicado na Revista Online Carta Maior, de 9 de dezembro de 2009.
Antes do texto do Prof. Oliveira, no entanto, o significado do Haraquiri:

"Membros da classe guerreira japonesa, os samurais cometiam o haraquiri, que consiste em uma incisão no abdômen.
Era um privilégio para eles praticar esse ritual e um dever do SAMURAI matar-se dessa forma em lugar de se submeter a desonra pública.

Séculos depois, os comandantes militares derrotados pediam ao imperador pra cometerem haraquiri.
Os japoneses tenderam a abolir esse costume no século XIX, mas nunca o abandonaram completamente...
Observando "nossos políticos", percebemos a razão dos mesmos não cometerem esse ato final: NÃO SÃO SAMURAIS!
Ao texto:

Os trastes de Brasília e o suicídio altruísta de Durkheim

Sabiam os senhores que em outras plagas - nos EUA, na França e mais recentemente até na Coréia do Sul - acontece vez por outra de um corrupto suicidar-se? Para Durkheim, eles estariam de tal forma identificados com os valores socialmente aceitos, que não suportariam conviver com a acusação de tê-los infringido.

Luciano Oliveira -

Depois das esdrúxulas imagens dos corruptos de Brasília escondendo dinheiro nas meias e cuecas, e da surrealista oração conjunta de três desses cafajestes agradecendo a Deus a existência de um deles, a minha impressão é a de que não adianta esperar que cheguemos ao fundo do poço; que esse poço não tem fundo; que, portanto, qualquer indignação não tem mais sentido; e que, finalmente, para que os políticos brasileiros tomem jeito, é preciso romper a lengalenga das conclamações por “rigorosas punições” para esses trastes - porque todos no país, eles em primeiro lugar, sabem que elas não virão. Que fazer então? Como dizia uma marchinha de carnaval dos anos 50 - “pensar / professor / pensar...”

Pois bem, comecei a fazê-lo. Sabiam os senhores que em outras plagas - nos Estados Unidos, na França e mais recentemente até na Coréia do Sul - acontece vez por outra de um corrupto suicidar-se? Foi por aí que o meu pensamento começou a desenvolver uma reflexão que não sei se classifico no departamento da chanchada ou do drama. O leitor que decida! Os fatos, em primeiro lugar.

Fato nº 1: em 1988, na Pensilvânia, Budd Dwyer, ex-secretário da fazenda daquele estado americano, na véspera de ouvir a sentença judicial num processo de corrupção em que estava enrolado, convocou a imprensa e, na frente das câmeras de televisão, jurou inocência, sacou rapidamente um revolver, enfiou na boca e estourou os miolos.

Fato nº 2: em 1993, na França, num feriado de primeiro de maio, o ex-primeiro-ministro do segundo governo Mitterrand, um desconhecido entre nós chamado Pierre Bérégovoy (pronuncia-se “bêrrêgôvuá”), meteu também uma bala na cabeça por análogas razões: metido em acusações de corrupção, tinha sido duramente atacado pelos oposicionistas e sentia-se pessoalmente responsável pela fragorosa derrota do Partido Socialista nas eleições legislativas daquele ano.

Fato nº 3: em junho deste ano, na Coréia do Sul, um certo Roh Moo-hyun (não sei como se pronuncia), ex-primeiro-ministro daquele país, depois de admitir publicamente ter recebido seis milhões de dólares de uma fabricante de tênis, não conseguiu conviver com a vergonha: pulou de uma ribanceira de 30 metros e morreu. Como fatos, basta. Vamos agora à teoria.

Não sei se o leitor já ouviu falar em Durkheim. Um dos pais da sociologia, ele é autor de um livro instigante, O Suicídio, onde tenta demonstrar a tese de que esse gesto extremo, o mais pessoal que possa haver, também está submetido a determinações sociológicas. Pois bem. Para Durkheim, a auto-imolação de pessoas como Dwyer, Bérégovoy e Moo-hyun entraria na categoria do “suicídio altruísta”, porque eles estariam de tal forma identificados com os valores socialmente aceitos, que não suportariam conviver com a acusação de tê-los infringido. Nesse caso, a inexistência de suicídios desse tipo na sociedade brasileira indicaria a ausência de valores cívicos suficientemente fortes para serem levados a sério.

É nesse sentido que precisamos de uma ruptura, um gesto heróico que seja, e que se torne um marco. Como sou contra a pena de morte, comecei a delirar com a possibilidade de um desses corruptos se matar! Seria um choque, sem dúvida. E indicador de uma mudança cultural da maior importância. O sujeito poderia entrar para a história como um dos vultos importantes do Brasil! Infelizmente não acredito que nenhum deles tope a proposta. Para isso, seria necessário que dessem alguma importância a valores que justamente não têm... Como romper esse nó? Socorra-me, Robespierre!

Depois de ter escrito isso, fiquei pensando na hipótese, altamente improvável, é verdade, de um suicídio altruísta ocorrer na “mundiça” do governo do Distrito Federal. E agora? Será que eu poderia ser criminalmente processado? Remoto bacharel em direito que sou, lembrei-me de que no Código Penal tem um delito de “induzimento ou instigação” ao suicídio. Consultei meus advogados e eles me confirmaram. A pena não é tão horrível assim: de 2 a 6 anos de reclusão. Mas mesmo assim... É verdade que tem um dispositivo que vem em meu socorro: segundo o artigo 65 do mesmo Código, se o crime é cometido em razão de “relevante valor social ou moral”, a pena é reduzida. Nesse caso, com sorte, posso pegar uns 4 anos no máximo, e aí eu poderia me beneficiar das chamadas penas alternativas, que evitam que o sujeito vá parar na cadeia. Um juiz compreensivo poderia me condenar a prestar serviços comunitários. Como sou professor, poderia ser condenado a fazer conferências pelo Brasil relatando minha história... O que acha, leitor? Topo?


Luciano Oliveira é professor da Universidade Federal de Pernambuco.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CONVOCATÓRIA SIMPÓSIO::: PAMPA, FRONTEIRAS E COMARCAS LITERÁRIAS EM AMÉRICA LATINA

A Comissão Organizadora do Simpósio "Pampa, Fronteiras e Comarcas Literárias em América Latina" apresenta sua 1ª convocação oficial aos colegas e convida a todos aqueles interessados pelo tema proposto a participarem do II Congreso Internacional de Ciencias, Tecnologías y Culturas: Diálogos entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de America Latina y el Caribe, na encantadora cidade de Santiago - Chile, no período de 29 de outubro a 1 de novembro de 2010.

CONVOCATÓRIA

No intuito de agregar as temáticas Pampa, Fronteiras e Comarcas Literárias na América Latina, este simpósio pretende discutir as questões relacionadas à porosidade fronteiriça, a diversidade de Comarcas, em especial àquelas sugeridas por Angel Rama, em solo latino americano, e o pampa, este último como elemento de integração entre os países localizados mais ao sul do continente como a Argentina, Uruguai e Brasil, onde até hoje prevalece a lei da boa vizinhança e intercâmbios culturais e econômicos, apesar de todas as dificuldades burocráticas nacionais dos países envolvidos. Com este objetivo, pretende-se reunir a pluralidade de visões cuja ocorrência se dá em toda a extensão do continente latino americano, e dialogar sobre as questões que envolvem temas como alteridade, transculturação, mestiçagem, identidade, hibridismo cultural, processos de formação, temporalidades e histórias que expliquem a relação de cada cidadão com as diferenças existentes.
O acesso instantâneo ao outro é uma conquista e uma vantagem, mas o contato fugaz e superficial com esse outro, muitas vezes não nos satisfaz por não fornecer o know-how necessário e suficiente dele para que possamos construir, a partir da constatação da diferença, a imagem desse outro, nem a nossa própria identidade. Assim, levando-se em conta que “não há dúvida de que as conexões geográficas hoje imperiosas nos levam a repensar as relações entre culturas, tradições e literaturas distintas”, segundo as reflexões de Tania Carvalhal, busca-se neste simpósio o ato de refletir sobre tais processos, a partir daquilo que de positivo advém da constatação de que as fronteiras entre as nações e os povos, aos poucos, se abrem não apenas geograficamente, mas de forma ampla, quando assistimos, hoje, à interpenetração das diversas áreas do conhecimento, cujos reflexos irão se fazer notar nas formas de expressão do ser humano.
Portanto, como resultado final dessa cadeia de interação e alteridade, teremos os contribuição dos estudos sociológicos, antropológicos, geográficos, históricos e literários, entre outros, dando conta desse fenômeno ou histórico, ou literário, ou científico, cada qual lançando mão de seus próprios recursos e de seu aparato teórico para a produção do conhecimento acadêmico.

Coordenadores:

Profa. Dra. Ligia Chiappini, Universidade de São Paulo FU-Berlin-Al
Email: lchiappini@gmail.com
Profa. Dra. Lúcia Rebello, Universidade Federal de Rio Grande do Sul – Brasil
Email: lu_@terra.com.br
Profa. Mg. María Graciela Adamoli, Universidad Nacional de La Pampa - Argentina
Email: mgga123@hotmail.com
Prof. Dndo. Carlos Tulio Medeiros – Universidade de São Paulo/IFSUL – Brasil
Email: ctulio@usp.br

Resumos: Até 31 de maio de 2010.

Os resumos das comunicações (200 palavras) serão recebidos até o dia 31 de maio de 2010 e deverão conter: 1. Nome do trabalho; 2. Nome, titulação e origem institucional do Proponente; 3. Email para contato.

Comunicações (ponências): Máximo de 15 páginas. Até 31 de agosto de 2010.

Só serão aceitas para o Simpósio Pampa, Fronteiras e Comarcas Literárias na América Latina as comunicações aprovadas pela Comissão Organizadora. O texto completo deverá ser enviado aos 4 coordenadores do Simpósio até o dia 31 de agosto de 2010, impreterivelmente.

Idiomas: O Simpósio será bilingue Português-Espanhol.

Dúvidas, perguntas, sugestões, etc, entre em contato com:::

Prof. Carlos Túlio Medeiros
Email:
ctulio@usp.br

LEMBRETE:::::

Lembramos aos colegas professores que pretendem apresentar proposta de Simpósio ao II Congreso Internacional de Ciências, Tecnologías y Culturas em Santiago - Chile ano que vem, que o prazo expira no próximo dia 30 de novembro!!!


DialogosenMercosur

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

1000 (mil) visitas no DialogosenMercosur

1000 visitas em 55 dias de blog

O mundo se faz de contatos! Sabendo disso, em 1915, noventa e quatro anos atrás, nos meses de outubro e novembro, o nosso americanista brasileiro, o pernambucano Sílvio Júlio de Albuquerque Lima vai ao Uruguai pela primeira vez para participar do Congresso Iberoamericano de Estudantes, na condição de um dos representantes da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. No Uruguai, Sílvio Júlio conhece pessoalmente José Enrique Rodó, Juan Zorrilla de San Martin, Angel Falco, Maria Eugenia Vaz Ferreira, Manuel Gálvez, Carlos Octavio Bunge, José Igenieros, entre outras figuras ilustres do meio acadêmico platino, configurando, nesse momento, o início de sua rede de contatos latino-americana. Sim, Nós Podemos, disse para si Sílvio Júlio.
Um dos primeiros debates sobre a questão latino-americana que se tem notícia entre Sílvio Júlio e os intelectuais latino-americanos ocorre exatamente nessa viagem ao Uruguai, quando ele próprio afirma que, após as reuniões do congresso do qual participava, reunia-se no Café La Giralda, quase que diariamente, com José Enrique Rodó, Angel Falco e Emílio Oribe para falarem sobre a América.
Anos depois, 1926, quando volta ao Uruguai, Sílvio Júlio descobre que nomes como Euclides da Cunha, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa e até mesmo Machado de Assis eram desconhecidos naquelas plagas. Seu amigo uruguaio Ariosto Gonzáles afirma que aqueles eram apenas nomes. “É raro, raríssimo o intelectual que já lhes leu um livro”. Gostei da informação, afirmou Sílvio Júlio. Era um sinal que estávamos de costas para a América Latina. Bem mais tarde, o intelectual Darcy Ribeiro afirmava o mesmo..
Falta-nos a atitude que Silvio Julio sempre buscou... aquilo que hoje o intelectual chileno Eduardo Devés continua a buscar e a pregar que é a criação, a formação e manutenção de uma teia, de uma Rede de Contatos entre os acadêmicos das universidades.
Temos notado como é difícil construir uma rede de contatos, romper barreiras, quebrar os chamados paradigmas junto ao outro, buscar laços em nossa América Latina, aliás, em nosso próprio país. No entanto, aos poucos, temos conseguido, com muita paciência, a partir da criação de nosso blog DialogosenMercosur, literalmente de mão em mão, fazer contatos, trocar palavras, emails, idéias e, voltando ao início, tecer uma Rede.
Por isso vimos, agora, agradecer aos colegas professores e alunos universitários o número alcançado durante o dia de hoje, que foi a visita de número 1000 (mil). Em menos de dois meses, mais precisamente em 55 dias, nosso blog registra este número. É um número relevante e significativo porque o público que o visita é único e seleto e nossa proposta é, de fato, dar continuidade ao projeto silviojuliano que é, hoje, a proposta do amigo querido Eduardo Devés.
Agradecemos a cada visitante do blog com um abraço apertado. Precisamos, amigos, fortalecer nossos laços através do intercâmbio acadêmico e isso só poderá nascer com a disposição de cada Ser desta América Latina tão amada e querida, independente do que fazem nossos governantes. Devemos lembrar de nosso compromisso, enquanto professores, para com aqueles que são a razão de nosso trabalho, ou seja, os alunos e, a eles, mostrar o caminho correto da produção e envolvimento acadêmico, da intelectualidade e isso não conseguimos sozinhos!

Muito obrigado

Dialogosenmercosur
http://dialogosenmercosur.blogspot.com/

Reze pelo Haiti... por Honduras... por nosotros.. por nosotros...

Em recente artigo publicado na Revista Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br/, de 29/09/09), o colunista Luís Carlos Lopes falou sobre a questão hondurenha e o futuro das Américas. Lopes dizia que "O caso de Honduras traz a memória de tantos golpes de Estado e de governos ditatoriais, comuns na América Latina, entre as décadas de 1960 e 1980. A América Central, onde fica este pequeno país, foi afogada em sangue, miséria e ignorância, a partir de episódios similares. Nenhuma ditadura trouxe a paz e a conciliação, baseada em algum nível de justiça social. Nesta região, elas geraram incruentas guerras civis revolucionárias, respondidas a política de terror de Estado, baseadas no controle da opinião, na tortura e em execuções sumárias. A ordem e a normalidade constitucional pretensamente pretendida pelos ditadores, sempre significaram um poço sem fundo, um mundo sem solução."
Se não lembrarmos do Haiti ou de Honduras, verificaremos que os países da América Latina, com a mão forte de seus líderes ou não, vive, cada um a sua maneira, a sua própria "ditadura", seja ela denominada por seus comandantes como democráticas, socialistas... atas... itas..., ou não.
Relendo o artigo de Lopes, lembrei do Brasil... do Brasil... Si.. queremos paz... Yes, We Can?... Maybe!
Se Bolivar, nos idos de 1819, quando discursava no Congresso de Angostura, já lembrava que "temos sido dominados mais pelo engano do que pela força", nuestros comandantes insistem no engano e, muito mais, na fuerza!
O quadro não mudou... e nós, pesquisadores da Literatura, da História, das Ciências Sociais, antropólogos, entre tantos... precisamos estar unidos e alertas, uma vez que os filhotes das velhas raposas, infelizmente, não nos deixam dormir em paz.

O Haiti - Com Caetano Veloso.. para lembrarmos o Haiti dentro de nós mesmos

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Intelectual Eduardo Devés publica novo livro.

Cristian Parker, Director del Instituto de Estudios Avanzados de la Universidad de Santiago de Chile (IDEA-USACH), Leonardo Jeffs, Director del Instituto de Historia y Ciencias Sociales de la Universidad de Valparaíso y Manuel Loyola Director de Editorial ARIADNA, tienen el agrado de invitar a usted a la presentación del libro Las ciencias económico-sociales latinoamericanas en África Sudsahariana de los investigadores Eduardo Devés y César Ross.
En esta ocasión harán una breve intervención l@s profeso@s Carmen Norambuena, María Montt, Daiana Nascimento dos Santos, José Santos y por la editorial Manuel Loyola, además de uno de los autores.

La presentación se realizará el día jueves 22 de octubre en la sede de IDEA-USACH, en Román Díaz 89 a las 18.30 horas (metros Manuel Montt y Salvador), Santiago - Chile.

DialogosenMercosur

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SIMPOSIO: PAMPA, FRONTEIRAS E COMARCAS LITERÁRIAS EM AMÉRICA LATINA

Pré-CONVOCATORIA SIMPOSIO:

PAMPA, FRONTEIRAS E COMARCAS LITERÁRIAS EM AMÉRICA LATINA (*)

II CONGRESO CIENCIAS, TECNOLOGÍAS Y CULTURAS.
Diálogo entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de América Latina y el Caribe

29 de octubre y el 1 de noviembre de 2010.
Santiago-Chile.

Se convoca a los académicos a presentar ponencias al simposio:

Pampa, Fronteiras e Comarcas Literárias em América Latina

Convocatória:::
No intuito de agregar as temáticas Pampa, Fronteiras e Comarcas Literárias na América Latina, este simpósio pretende discutir as questões relacionadas à porosidade fronteiriça, a diversidade de Comarcas, em especial àquelas sugeridas por Angel Rama, em solo latino americano e o pampa, este último como elemento de integração entre os países localizados mais ao sul do continente como a Argentina, Uruguai e Brasil, onde até hoje prevalece a lei da boa vizinhança e intercâmbios culturais e econômicos. Com este objetivo, pretende-se reunir a pluralidade de visões cuja ocorrência se dá em toda a extensão do continente latino americano, e dialogar sobre as questões que envolvem temas como alteridade, transculturação, mestiçagem, identidade, hibridismo cultural, processos de formação, temporalidades e histórias que expliquem a relação de cada cidadão com as diferenças existentes.

Coordinadores:::

Profa. Dra. Ligia Chiappini - USP/FU-Berlin - Brasil/Alemanha
Profa. Dra. Lúcia Rebello - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Brasil
Prof. Dndo. Carlos Túlio da Silva Medeiros - IFSul-USP / Brasil


Contacto::
Prof. Carlos Tulio da Silva Madeiros
Email:: ctulio@usp.br

(*) Considerando que a organização do Evento já publicou uma primeira divulgação de nosso Simpósio em sua página principal: www.internacionaldelconocimiento.org, tomamos a iniciativa de fazer um convite/Pré-chamada a todos os interessados para participarem do mesmo com apresentação de trabalhos, etc, bem como do Seminário aberto que estamos elaborando. Obrigado.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FELIZ DIA DO (A) PROFESSOR (A)

15 de outubro
Dia do Professor

PARABÉNS A TODAS AS PESSOAS QUE
TEM O MAGISTÉRIO COMO CARREIRA!!

DialogosenMercosur

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Brasil 500!!!















Amigos, comemoramos hoje 500 visitas de nossos conterrâneos brasileiros. Os coordenadores do blog DialogosenMercosur agradecem a visita de todos nesse período de existência.

DialogosenMercosur

domingo, 11 de outubro de 2009

Dos canciones de Marina de La Riva...

Para alegrar la mañana del domingo y para no hablar sólo de la Revolución, dos canciones de una chica muy guapa y una intérprete espectacular llamada Marina de la Riva...



quarta-feira, 7 de outubro de 2009

DEBATE ABERTO: Estamos na América ou no continente Africano?

Honduras e o futuro das Américas

O professor Luís Carlos Lopes afirma em seu artigo no site da Revista online Carta maior que "Em Honduras, um passado que parecia superado voltou com força total. O pesadelo retornou, como um filme de terror de péssimo gosto. As técnicas são as mesmas de sempre. O governo golpista mente e mente contando com a benevolência das direitas mais raivosas das Américas.

O caso de Honduras traz a memória de tantos golpes de Estado e de governos ditatoriais, comuns na América Latina, entre as décadas de 1960 e 1980. A América Central, onde fica este pequeno país, foi afogada em sangue, miséria e ignorância, a partir de episódios similares. Nenhuma ditadura trouxe a paz e a conciliação, baseada em algum nível de justiça social. Nesta região, elas geraram incruentas guerras civis revolucionárias, respondidas a política de terror de Estado, baseadas no controle da opinião, na tortura e em execuções sumárias. A ordem e a normalidade constitucional pretensamente pretendida pelos ditadores, sempre significaram um poço sem fundo, um mundo sem solução.

O modelo costa-riquenho – o coração civil das Américas – foi desdenhado pelos verdadeiros sujeitos articuladores destes tipos de governo. O esquema é simples. As elites agro-exportadoras, os proprietários das terras e dos negócios, aliavam-se às incipientes burguesias locais e às frágeis classes médias. Iam ao poder garantindo pela força militar seus negócios e privilégios. Oprimiam a maioria, sem qualquer cerimônia, tal como no passado colonial espanhol.

As forças armadas funcionavam como instrumentos de políticas das mesmas elites, fundindo-se, tais como partidos políticos, às frentes da reação e do controle da população. Perdiam qualquer finalidade de defesa do país e se transformavam em gendarmes de controle da população. Aceitavam um papel subalterno e, dizendo-se patrióticas, defendiam de fato os patrões internos e externos. Os militares transformavam-se em grandes polícias fardadas especializadas em tentar conter qualquer tentativa de melhoria social ou de democratização, mesmo que formal.

Durante muito tempo, esta solução de força contou com o apoio norte-americano que, em algumas oportunidades, chegou a intervir militarmente na região. Os poderosos interesses econômicos e políticos-estratégicos norte-americanos, mormente depois do sucesso da revolução cubana, mas mesmo antes, fundamentaram um apoio irrestrito à opressão centro-americana.

Questões étnicas e culturais ajudaram a completar o quadro dantesco de uma região tributária das maravilhosas e antigas culturas indígenas americanas, sobretudo, da civilização maia. Ainda hoje, no caso hondurenho, vê-se que Zelaya é um mestiço de brancos com índios e Micheletti, pelo nome, figura e arrogância, é um membro das elites brancas originário de imigrações mais recentes. As imagens das ruas de Tegucigalpa mostram a real identidade étnica do país que deveria ser motivo de orgulho e não do desprezo conhecido que as elites brancas lhe devotam.

Em Honduras, um passado que parecia superado voltou com força total. O pesadelo retornou, como um filme de terror de péssimo gosto. As técnicas são as mesmas de sempre. O governo golpista mente e mente contando com a benevolência das direitas mais raivosas das Américas. No Brasil, elas estão em polvorosa. Viúvas e saudosos da ditadura deixaram cair a máscara, declarando que desejariam que o país não tivesse adotado a postura da defesa de Zelaya.

A política de Estado de Honduras é a dos militares, a da repressão e a da tentativa de controlar as massas que não foram reduzidas à nova ordem. Censura, prisões, mortes etc compõem o esforço destes fascistas de almanaque de impedir o retorno ao poder do presidente eleito.

A estratégia dos usurpadores do poder, agora chamados por parte das grandes mídias brasileiras de ‘governo interino’ é de tentar fazer eleições fraudulentas e controladas pela força das armas. Estas serviriam para legitimar o novo governo frente aos olhos internos e, sobretudo, buscando a aprovação norte-americana e européia. Eles querem criar a ilusão de democracias burguesas de araque, tal como existem, em outros países latino-americanos.

O problema é que a volta de Zelaya, contando com o apoio explícito do governo brasileiro, atrapalhou o planejado. Agora, ninguém sabe o que virá ocorrer. O controle estritamente militar das massas é tarefa difícil. Zelaya vem demonstrando coragem e, ao contrário do velho script latino-americano, não aceitou asilar-se e cuidar de sua própria vida.

Não é difícil recordar, guardando-se as proporções, da figura de Allende, resistindo até a última bala no Palácio La Moneda. De dentro da embaixada brasileira, protagonizando um episódio político e diplomático inédito, o presidente hondurenho continua a resistir e a propor ao seu povo a clássica desobediência civil. Pela primeira vez, o governo brasileiro honra com imensa dignidade seus compromissos com a normalidade democrática do conjunto das Américas.

Os Estados Unidos, ao contrário do passado, não se alinharam automaticamente. Obama não apóia e nem pensa em se meter diretamente na questão, em virtude dos problemas internos gerados pela crise econômica que o país vem enfrentando e por priorizar outros interesses geopolíticos, tal como a questão iraniana. Pela primeira vez, na história latino-americana, ao invés de apoiar um golpe de Estado, o governo brasileiro o condenou clara e abertamente na assembléia geral das Nações Unidas. Portanto, ainda não é possível saber o desfecho desta história. Todavia, desta vez o golpe e os golpistas, mesmo se vitoriosos, pagarão pelos seus atos, destoando do passado, onde facilmente se legitimavam.

(*)Luís Carlos Lopes é professor e autor do livro "Tv, poder e substância: a espiral da intriga", dentre outros
Carta Maior - 29-09-2009
www.cartamaior.com.br
___________

Num texto intitulado Revisando Velhas Pragas (2008), de autoria deste Editor, as primeiras linhas iniciam relembrando que "Em 1988, numa canção intitulada Check-up, nosso roqueiro mais famoso, Raul Seixas, cantava: “Acabei de dá um check-up geral na situação, o que me levou a reler Alice no país das maravilhas” (SEIXAS, 1988). [...]

[...] Não satisfeito com o que viu quando releu as “maravilhas” do mundo encantado de Alice e com o desejo de compreender o que acontecia em sua volta e poder relaxar, de fato, nosso rocker, ainda em frenesi, precisou tomar “um kilindrox, um discomell e outras pílulas banais”, uma vez que as aporias nesse reino misterioso aconteciam de maneira mirabolante. [...]

Parece que precisamos reler a obra de Charles Lutwidge Dodgson, ou Lewis Carroll, como também era conhecido, quiça re-tomar nosso kilindrox, nosso discomell ou outras pílulas banais...

As coisas não mudaram muito, especialmente quando lembramos o nosso "americanista brasileiro" Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, que costumava ler a América Latina sempre como única... Traveller de carteirinha, reclamava do atraso intelectual dos países de nuestra América. Na obra Folclore e dialectologia do Brasil e Hispanoamérica (1974), quando comenta sobre o escritor colombiano Juan Rodríguez Freile, autor da obra El Carnero, crônica picaresca sobre a sociedade colonial da cidade de Bogotá, apresenta uma análise sobre o contexto da conjuntura latino-americana reafirmando que mesmo vivendo em pleno século XX, vivíamos um verdadeiro atraso intelectual, salvo algumas exceções (*).

Como já foi dito anteriomente, e, pelo que se nota, serão sempre reditas, as coisas não parecem ter mudado muito nos últimos cem anos. Quem manda no continente sul-americano é poder da baioneta... -neste momento, ou você pára e vai reler Alice no país das Maravilhas ou simplesmente lê os jornais - já vimos esse filme... nossos exilados políticos que o digam.
Para não irmos longe e concluir, repetimos as palavras do Prof. Flávio Aguiar (USP), que num texto célebre chamado A América Latina não existe, vem corroborar com o que sempre pregou Sílvio Júlio por tuda a sua vida:

"[Se a América latina não existe] Então, é necessário inventá-la. Antes de prosseguir, qualifiquemos estas frases. Quando digo que a América Latina não existe, quero dizer que ela é, na verdade, um projeto, um por fazer. Essa América Latina por fazer é, antes de tudo, um projeto cultural, e seu embrião é uma possível rede de trabalho intelectual que distinga raízes comuns e que estabeleça pontes de relação entre seus e com outros povos. [...] Não desprezo a questão econômica [...] não desprezo a questão política [...] Tudo isso é relevante, mas não é suficiente. A questão cultural é a decisiva. Sem sua consideração, não haverá aquele traço íntimo comum que permitirá a construção da verdadeira solidariedade na autodeterminação. Sem isso, a solução para aqueles graves problemas permanecerá emperrada. (AGUIAR, 2002, p. 65)"

Túlio Medeiros
Editor
DialogosenMercosur


(*)Medeiros, Carlos Túlio. A Literatura Sul-rio-grandense sob os olhos de Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, dissertação de mestrado, UFRGS-RS, 2007.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Una canción con todos.. e para todos!

Canción Con Todos
Mercedes Sosa
Composição: Armando Tejada Gómez Y César Isella


Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz
Su caudal.

Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar.

Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.

¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!

Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, nosso americanista brasileiro, já cantava no final de segunda década do século passado que "La América latina existe. Es una y única desde el Rio Grande hasta el Rio de la Plata. No hay diferencia fundamental alguna entre mejicanos y argentinos, o entre estos y los venezolanos, o entre estos y los peruanos. En idioma, en religión, en historia, en costumbres, en puntos de vista, en sentimientos, en gustos, en tradiciones, en todo, en todo, en todo, somos un solo pueblo, dividido apenas por fronteras políticas."
Sim, somos todos latinos... e fazemos parte de uma América Latina única... então, cantemos...Una canción con todos.. e para todos... !

Nuestra homenaje a Mercedes...

[...] o poeta fingi não saber o que já sabe...

...Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto...


Gracias A La Vida
Mercedes Sosa
Composição: Violeta Parra

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida

De presente... Canción de las simples cosas..

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DialogosenMercosur - 30 dias - 22 Países!

Na data de hoje o blog DialogosenMercosur completa seu primeiro mês de vida. Seus coordenadores estão muito satisfeitos com o resultado alcançado até o momento: 30 dias - 22 países - 668 visitas.
Muito obrigado aos colegas professores, aos colegas universitários, aos colegas colaboradores que ajudaram o Dialogosenmercosur até agora.
Temos trabalhado arduamente na sua divulgação, especialmente junto aos cursos de Pós-Graduação das várias áreas que formam as Ciências Humanas, e a ferramenta encontrada para este contato imediato é o email, na maioria das vezes aceito e lido ao longo de toda a América... em outras, raras, é verdade, recusado...
É apenas um caminho.. e esperamos que seja um caminho de fomento e troca de experiências...
Obrigado a todos.
Saudações Mercosulinas!!!
DialogosenMercosur

terça-feira, 29 de setembro de 2009

II CICTecC - Santiago - Chile 2010

Maiores informações:
www.internacionaldelconocimiento.org
For further information:
www.internacionaldelconocimiento.org

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Coisas de Ianques... Debate aberto!

Barack Obama e o império infante

Os Estados Unidos foram estabelecidos como um “império infante”. Não foi Chávez ou Chomsky quem disse, mas George Washington. A conquista do território nacional deu-se como uma grande empreitada imperial, e desse alicerce sedimentado pelos "founding fathers" os EUA não escaparam.
Nada como a combinação entre simbolismo e desejo (ou ingenuidade). Inibe a aceitação dos limites da mudança ou, no outro extremo, conduz à pressa na convicção de que se está diante de uma nova rota de fato. Tome-se o exemplo do presidente dos EUA, Barack Obama, e seus contraditórios movimentos retóricos e militares. De um lado, o chamamento à paz nas Nações Unidas [...] De outro, a conclamação ao combate ao terrorismo. A ênfase sobre o Afeganistão. A extensão de bases iraquianas. O acordo secreto com a Colômbia.

Esses dois cursos díspares ajudam a apontar o risco da projeção de expectativas exacerbadas sobre modificações de espetaculares consequências para o resto do mundo. Obama marca diferenças, é fato, em relação ao antecessor, mas nem nos EUA (nem no Brasil) presidentes fazem o que bem entendem. A política costuma ser bem mais racional e responsável do que supõem as torcidas passionais. Em matéria militar, no caso americano, isso é ainda mais cristalino. Nenhum presidente, mesmo o mais imperial, romperia de uma penada o apoio militar à Colômbia, tampouco abandonaria a defesa da tese das “fronteiras flexíveis”.

Há poucas semanas, o linguista Noam Chomsky escreveu um artigo no New York Times sobre a militarização da América Latina. Não só contabilizou as sete bases navais, aéreas e do Exército americano na Colômbia como mostrou a presença geral dos EUA na América Latina: as bases militares em Guantánamo (a mais conhecida), Honduras, El Salvador, Manta (Equador) e Aruba-Curaçao. São eixos do presente herdados de uma década de aumento da ajuda militar e de treinamento de oficiais latino-americanos, em táticas leves de infantaria para combater um “populismo radical” – conceito que, no contexto latino-americano, “provoca arrepios na espinha”, segundo Chomsky. “O treinamento militar está sendo transferido do Departamento de Estado para o Pentágono, eliminando regras quanto aos direitos humanos e a democracia antes sob a supervisão do Congresso que, embora fracas, pelo menos impediam algumas das piores violações”.
[...]
Expectativas que estejam movidas por desejo ou ingenuidade tendem a ignorar o fato de que os EUA foram estabelecidos como um “império infante”. Não foi Chávez ou Chomsky quem disse, mas George Washington. A conquista do território nacional deu-se como uma grande empreitada imperial, e desse alicerce sedimentado pelos founding fathers os EUA não escaparam. A questão é a força dos símbolos e a gradação das mudanças, dirão os entusiastas de Obama. Refutá-los seria brejeirice. O problema não é reconhecimento de que mudanças são, de fato, gradativas, mas a ilusão das expectativas excessivas (vide o debate nacional do primeiro mandato do presidente Lula, em que a esquerda histórica jogou a toalha contra a suposta submissão lulista na condução dos assuntos nacionais).

Ok, abaixo o niilismo, mas manter os olhos críticos ajuda a lembrar que, nos oito anos da administração de Bill Clinton – transformado na figura emblemática da vitória da democracia, do mercado e da paz –, os EUA se envolveram em 48 intervenções militares, contra 16 em toda a Guerra Fria. (Números de The new american militarism, do estrategista militar Andrew J. Bacevich – US$ 15 na Amazon). Dispensável lembrar que governos democratas progressistas patrocinaram o desastre da invasão de Cuba e a guerra do Vietnã. Os tempos são outros, a jornada Obama mal começou, os falcões continuarão à espreita, e o mundo, inquieto, continuará dividido. Entre simbolismos, desejos e realidade.

Rodrigo de Almeida é editorialista e colunista do Jornal do Brasil.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br, de 27/9/09

Nota do Editor do DialogosenMercosur:
Para não dizer, neste post, que não lembramos da primavera, que não recordamos da Alice, aquela do País das Maravilhas e, lógico, do nosso americanista brasileiro, o pernambucano Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, faremos duas citações com relação ao texto do Rodrigo de Almeida e de Chomsky às referências americanas: 1. Nosso próprio ponto de vista quanto ao poder do Império Infante, que extraio de um trecho do artigo "Silvio Júlio, um americanista brasileiro", que diz o seguinte sobre o tema: "Quando nasceu Sílvio Júlio de Albuquerque Lima em 1895, a época era conturbada para a América Latina. Fato relevante: Os Estados Unidos da América já tinham mostrado suas garras para los hermanos situados abaixo da linha do Equador, uma afirmação de poder que se dá na seqüência de ações anteriores de natureza semelhante. Já haviam comprado a Louisiana da França napoleônica (1803), anexado em 1845, o estado do Texas, e entre 1846 e 1848, o Arizona, a Califórnia, Nevada, Utah e Colorado, antigos territórios mexicanos, além do Alasca, adquirido da Rússia em 1867.
No contexto latino americano, de 1898 a 1902, os EUA ainda intervieram em Cuba, cujo interesse era assegurar os investimentos do empresariado americano no campo da produção açucareira, daí resultando a declaração de guerra à Espanha em 1898, o que levou, por sua vez, a obtenção das Filipinas, Porto Rico e Guam. Numa demonstração de poder e influência política, os yankees incentivaram o Panamá a separar-se da Colômbia, em 1903, rendendo desse apoio o domínio, por parte dos americanos, da Zona do Canal no ano seguinte. São Domingos sofreu intervenção americana de 1916 a 1924, o mesmo ocorrendo com o Haiti, de 1915 a 1936, e com a Nicarágua, de 1912 a 1933.
Com o poder de força, principalmente bélica e financeira, demonstrada aos demais países americanos, ao longo do período em que compunha os seus limites territoriais, os americanos passaram a dominar a região como um todo, influenciando ideologicamente até mesmo no processo de composição dessa “nova” América..." [...] O texto continua ...
2. Sílvio Júlio reproduzia em 1919, na obra Pampa, as seguintes palavras: "Tudo pelo extrangeiro, nada pelo nacional, eis a fórmula dos nossos presidentes. E assim vemos as levas YANKEES e de europeus gosando a fortuna fácil que lhes proporcionamos, enquanto o brasileiro aí jaz, geralmente pobre e abandonado”. ([...] O brasileiro deve ser contemplado antes do extrangeiro. É a lição que o extrangeiro dá ao brasileiro. Este methodo é Yankee e é europeu." (Pampa, 1919)
Será que mudou alguma coisa nos últimos 100 anos?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo"

Em entrevista ao La Jornada, Noam Chomsky fala sobre a América Latina, definindo-a como uma das únicas regiões do mundo onde há uma resistência real ao poder do império. "Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo", diz Chomsky.

O editor do blog DialogosenMercosur abre um parêntese antes da entrevista de Chomsky para fazer um breve comentário sobre o tema: Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, nosso americanista brasileiro, que iniciou suas primeiras viagens pela América Latina nos idos de 1914-15, foi amigo pessoal de José Enrique Rodó, Juan Zorrilla de San Martin, Angel Falco, Maria Eugenia Vaz Ferreira, Manuel Gálvez, Carlos Octavio Bunge, José Igenieros, Ariosto Gonzáles, entre outras figuras ilustres do meio acadêmico platino, já nos dizia, desde aquela época, o que hoje repete Chomsky sobre a questão da resistência e a fundamental e importante integração do povo latino-americano para ser, definitivamente, livre. SIM, QUEREMOS! Lamentavelmente, os "novos" dirigentes não percebem a importância dessa união. Ao contrário do que deseja o "povo", priorizam os velhos golpes armados para assumirem ou voltarem ao poder à integração racional cantada e pregada nas ruas desse Continente.

La Jornada

A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo, diz Noam Chomsky. Há aqui uma resistência real ao império; não existem muitas regiões das quais se possa dizer o mesmo. Entrevistado pelo La Jornada, um dos intelectuais dissidentes mais relevantes de nossos tempos assinala que a esperança e a mudança anunciada por Barack Obama é uma ilusão, já que são as instituições e não os indivíduos que determinam o rumo da política. Em última instância, o que Obama representa, para Chomsky, é um giro da extrema direita rumo ao centro da política tradicional dos Estados Unidos.

Presente no México para celebrar os 25 anos de La Jornada, o autor de mais de cem livros, lingüista, crítico antiimperialista, analista do papel desempenhado pelos meios de comunicação na fabricação do consenso, explica como a guerra às drogas iniciou nos EUA como parte de uma ofensiva conservadora contra a revolução cultural e a oposição à invasão do Vietnã. Apresentamos a seguir a íntegra das declarações de Chomsky ao La Jornada:

A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo. Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo.

Leia o restante da entrevista em: http://www.cartamaior.com.br/

terça-feira, 22 de setembro de 2009

500 visitas en DialogosenMercosur

Ao completarmos a marca de 500 visitas em 22 dias de existência, o blog DialogosenMercosur vem agradecer a todos os colegas acadêmicos que até o momento estiveram "olhando" os posts colocados. Num universo de blogs na internet, devemos considerar essa marca. Com a única proposta de formar uma REDE de contatos tão pregada e buscada, especialmente pelos professores e alunos presentes no ambiente universitário, aos poucos vamos alcançando esse objetivo.
A visita, mesmo quando despretensiosa, é válida para o DialogosenMercosur porque sabemos que alguém veio conhecer um pouco mais sobre esse "pedaço de terra" chamado América Latina.
Acabamos de ouvir Si Queremos com o grupo Illapu e, a partir daqueles versos, devemos sempre refletir sobre nosso passado, presente e futuro. Queremos mudar? Si queremos... Queremos nossa própria identidade? Preservar nossa cultura? Si queremos... Queremos muito mais? Si queremos...
Resumimos esse desejo com versos de outro grupo musical latino americano, o Gotan Projetc, que nos canta, afirma e reafirma:
Queremos paz...
Queremos construir una vida mejor para nuestro pueblo...
Independiente...
Queremos paz...
Queremos construir una vida mejor para nuestro pueblo...
Independiente...
Si, queremos una América Latina fuerte, independiente y académico!
Em obra intitulada História e Localismo, de 1928, apresentando uma análise de conjuntura sobre a América Latina, o pernambucano Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, nosso americanista brasileiro, acreditava que o verdadeiro levantamento sobre a cultura latino-americana somente teria êxito com a “conjunção de meios das universidades e grêmios intelectuais, libertos da fome do ouro, para a realização do ideal literário mais digno: o de demonstrar aos pósteros a riqueza ibero-americana, quer no verso, quer na prosa”. Isso não é falar de REDE? O pensador chileno Eduardo Devés (USACH-IDEA) já nos deu seu conceito de REDE: "el conjunto de personas ocupadas en los quehaceres del intelecto que se contactan, se conocen, intercambian trabajos, se escriben, elaboran proyectos comunes, mejoran los canales de comunicación y sobre todo estabelecen lazos de confianza recíproca".
Corroborando com esse pensamento de necessidade constante de contatos e fortalecimento de REDE, quase três décadas após a análise de Sílvio Júlio, o Prof. Flávio Aguiar (USP) argumentou no artigo A América Latina não existe (2002) que há, aí, portanto, "uma América Latina muito concreta por construir [...] Com ela quero dizer que há trabalho a empreender, trabalho de campo, de gabinete, de escritores e universitários, como contribuição para o auto-conhecimento, base da solidariedade, entre os povos latino-americanos. Isto não é apenas uma declaração de princípios, ou uma frase retórica. Isso implica projetos de pesquisa, viagens, escritos, convencer agências de fomento, editoriais, provedores, capitais e trabalhos, isso exige captação de recursos, requer a união de visionários e administradores, de tino e tirocínio, e outros quetais. Ouso até dizer : pode ser que dê certo. Pode ser que dê frutos. Então iremos deitar sementes – e novas raízes – alhures. Pode até se que o mundo melhore um pouco".
Adelante amigos... adelante....
Obrigado/Gracias

Túlio Medeiros
DialogosenMercosur

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

SI QUEREMOS com Illapu



Si Queremos
(Patricio Manns - Roberto Márquez)
Com o grupo chileno Illapu

SI QUEREMOS
PODEMOS ESCRIBIR LA HISTORIA NUEVA
PODEMOS INVENTAR LA LUZ DEL DIA
PODEMOS HACER QUE EL CIELO SE MUEVA
PODEMOS CONSTRUIR CON POESIA
SI QUEREMOS...
HAGAMOS TROPESAR EL UNIVERSO
DERRIVEMOS ACTOS INCENDIADOS
CALMEMOS LAS TORMENTAS CON UN BESO
SEMBREMOS EN LOS CAMPOS DEBASTADOS
SI QUEREMOS...
SI QUEREMOS...

PODEMOS CONVERSAR CON EL PASADO
SI QUEREMOS
PODEMOS TRANSFORMAR ESTE PRESENTE
SI QUEREMOS,
PODEMOS MODELAR NUESTRO FUTURO
SI QUEREMOS, SI QUEREMOS...
PODEMOS CONSTRUIR CON POESÍA
PODEMOS ESCRIBIR LA HISTORIA NUEVA
PODEMOS INVENTAR LA LUZ DEL DÍA
PODEMOS HACER QUE EL CIELO SE MUEVA
SI QUEREMOS,
HAGAMOS TROPEZAR EL UNIVERSO
DERRIBEMOS ASTROS INCENDIADOS
CALMEMOS LAS TORMENTAS CON UN VERSO
SEMBREMOS EN LOS CAMPOS DEVASTADOS
SI QUEREMOS, SI QUEREMOS

SI QUEREMOS
PODEMOS CONVERSAR CON EL PASADO
SI QUEREMOS
PODEMOS TRANSFORMAR ESTE PRESENTE
SI QUEREMOS
PODEMOS MODELAR NUESTRO FUTURO
SI QUEREMOS,
SI QUEREMOS,
SI QUEREMOS...

domingo, 20 de setembro de 2009

Sílvio Júlio – um americanista brasileiro

Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, pernambucano, nordestino, brasileiro, ibero-americano, sonhador. Considerado por muitos intelectuais do Brasil e do exterior o pioneiro no intercâmbio acadêmico entre o Brasil e o mundo hispano-americano, dedicou-se, quase na totalidade dos seus 89 anos de vida, na defesa da união latino-americana. Desde jovem, foi um americanista de ideal, procurando sempre fazer o elo entre a história e literatura brasileira com o que se produzia na América Latina. Amigo de muitos escritores de sua época compartilhou da amizade de nomes como José Enrique Rodó, Ariosto Gonzáles, Eduardo Acevedo Dias, Emílio Oribe, entre tantos outros nomes. Foi um dos primeiros intelectuais brasileiros a criticar no início do século XX o poder hegemônico norte-americano na América Latina, bem como a subserviência brasileira à cultura yankee. Sílvio Júlio foi o primeiro intelectual brasileiro a falar de Martin Fierro, de Ariel, de El Carnero. Assumiu, desde cedo, a defesa del libertador do continente Simon Bolívar, divulgando o sonho e a proposta bolivariana de unificação de uma única América. Como Bolívar, idealizou um bloco homogêneo, fortalecido pela identidade de cada nação, pela cultura de cada povo. Na concepção silviojuliana, embora distinta, a América latina se unia, entre outras tantas características, através de seus idiomas e de suas manifestações cultuais, fatores relevantes para compreender o próprio continente.
Sonhador que era, concordava e reproduzia a afirmação de seu colega de rede, o jornalista Jacinto Lopes, da La Reforma Social/New York, que costuma dizer, nos idos de 1928, o seguinte: (...) la América Latina existe. Es una única desde el Rio Grande hasta el Rio de la Plata. No hay diferencia entre mejicanos y argentinos, o entre estos y Los venezolanos, o entre estos y los peruanos. En idiomas, en religión, en historia, en costumbres, en puntos de vista, en sentimientos, en gustos, en tradiciones, en todo, en todo, en todo, somos un solo pueblo, dividido apenas por fronteras políticas.
Fonte:
Sílvio Júlio – um americanista brasileiro
Por Carlos Túlio da Silva Medeiros
Universidade de São Paulo – USP – Brasil
ctulio@usp.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SIMPOSIO INTERNACIONAL DEL ENSAYO HISPANOAMERICANO

SIMPOSIO INTERNACIONAL DEL ENSAYO HISPANOAMERICANO
El ENSAYO: HACIA EL BICENTENARIO DE SU APARICIÓN EN HIPANOAMÉRICA.
BALANCES, REVISIONES Y PORVENIR DE UN GÉNERO FUNDACIONAL.


4, 5 y 6 de noviembre de 2009

MENDOZA- ARGENTINA
En vísperas de 200 años del comienzo de la vida republicana en Hispanoamérica, período por cierto que se inauguraen 1810 pero que tiene su cierre en 1824, se ha pensado realizar un Simposio Internacional sobre la prosa ensayística latinoamericana. Ante todo, porque en términos generales los estudios del género acuerdan que el ensayo se inaugura con los procesos revolucionarios. Por tratarse de un género crítico por excelencia, al decir de Adorno, desde un punto de vista histórico el periodo de la Colonia no ofrecía el mejor ambiente para su desarrollo. Será, entonces, con los ciclos revolucionarios —y aún después— que puede hablarse de su emergencia, primeramente, en el área de lengua hispana. Desde aquel momento hasta nuestros días, el ensayo ha recorrido un extenso trayecto, a través del cual se combinaron algunas constantes genéricas con algunas
alternancias históricas que dieron vida al género. Justamente por estar cerca de una conmemoración sustantiva de la vida política y cultural de Hispanoamérica, el discurso que acompañó durante el siglo XIX tanto el debate sobre la manera de enfrentar las nuevas realidades surgidas de las revoluciones y la constitución de las nacionalidades, como durante el siglo XX, la discusión sobre nuestra expresión artística y la definición de las identidades, aquélla combinación de constantes y variantes genéricas debe ser revisada. No sólo a ello habría que limitar la revisita del ensayo.

La oportunidad resulta también apta para repensar nuestra historiografía literaria y de las ideas: ¿cuál ha sido el desarrollo del ensayo hispanoamericano desde la misma circunstancia de su escritura? Definir sus antecedentes, sus paradigmas, su relación con el desarrollo de nuestros estados-nacionales, su lugar en el campo literario latinoamericano, su función como enlace entre las literaturas nacionales de nuestras regiones y las metropolitanas. Si por una parte la revisión del género supone un enfoque crítico de su devenir histórico, por otra, es factible plantear este interrogante: ¿cuál podría ser el destino del discurso ensayístico en el imperio de las industrias culturales? El ensayo, en ese sentido, podría ser una oportunidad para cruzar fronteras metodológicas y disciplinarias, pero sin perder rigor ni creatividad. Pasar del ámbito académico al público,
recuperar espacios en la maltrecha opinión pública y revitalizar la crítica en los medios de comunicación.

Temas en discusión:
• Orígenes y adaptaciones del género.
• Subjetividades románticas, modernistas y vanguardistas.
• El ensayo y la figura del intelectual latinoamericano.
• Prosa comprometida o compromisos con la prosa.
• Discurso y sociedad: el ensayo como codificación social de un acto de habla.
• De la retórica del género.
• Proyectos, utopías, programas expresados en el género.
• Tópicos ensayísticos: historias de las ideas y/o historia de las formas.
• Poéticas del género: de la improvisación a la conciencia estética.
• De metatexto cultural a la convivencia con los lenguajes mediáticos.
• Autores, corrientes, continuidades y discontinuidades del género.
• Estructuras ensayísticas en otros géneros discursivos.

Invitados especiales que han confirmado su presencia:

Eva Guerrero (Universidad de Salamanca), Carmen Centeno (Universidad de Puerto Rico), Fernando Ainsa (Uruguay-España), Miguel Gómes (The University of Connecticut), Liliana Weinberg (UNAM, México), Nilda Ma. Flawiá de Fernández (Universidad Nacional de Tucumán), Joël Delhom (Université de Bretagne-Sud, Francia), Eduardo Grüner (UBA) Jordi Gracia (ensayista y crítico español).

Doctorado Honoris Causa a Noé Jitrik (escritor y crítico argentino)
El comité académico iniciará los trámites correspondientes para el otorgamiento de esta distinción al crítico argentino.

Maiores informações: http://www.internacionaldelconocimiento.org

domingo, 13 de setembro de 2009

64 cidades visitaram o DialogosenMercosur em 14 dias!


O blog DialogosenMercosur sente-se imensamente honrado e agradecido com os resultados obtidos até o momento. Criado no último dia 30 de agosto, em apenas 7 dias, o blog já havia sido visitado por 13 países. Complentando 14 dias de atividade virtual, o DialogosenMercosur contabiliza a visita de 17 países e 64(sessenta e quatro) cidades! Assim, os organizadores do DialogosenMersosur agradecem a todas as cidades que nos visitaram até o momento:
Pelotas, Caxias, Santa Maria, Palmas, Niterói, São Paulo, São Fidelis, Recife, Rio de Janeiro, Rio Grande, Campinas, Porto Alegre, Manaus, Brasília, Cotia, São Gonçalo, São Luis, Goiânia, Recanto, Araraquara, Bento Gonçalves, Santiago, Val Paraíso, Coronel, Talcahuano, Buenos Aires, Mar del Plata, Mendoza, Ituzaingó, La Plata, Rosário, Martinez, Olivos, Santa Fé, Berlin, Leipzig, Dresden, Cidade do México, Enseñada, Hermosillo, Puebla, Mérida, Zapopan, Madri, Las Palmas, Valladolid, La Laguna, Lima, Cartegena, Corpus Christi, Bainbridge, Hanson, Troy, Trenton, Villers-le-bouillet, Montevideo, Abdu Dhabi, Alvaro, Asunción, Maracaibo, Cairo, Alexandria, El Jazair e Constantine.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MANIFIESTO-COMPROMISO 2010 DE LA INTELECTUALIDAD DE ALC - por Eduardo Devés













Por Eduardo Devés - Valdés
Septiembre - 2009

Propuesta para discusión de documento
Se entrega un borrador de lo que podría ser un documento de compromiso para ser firmado por miles de agentes de la intelectualidad de ALC en el 2010. Son bienvenidos los comentarios, tanto sobre el contenido como sobre la pertinencia.
Compromiso de la Intelectualidad con sus pueblos 2010
Introducción-Presentación
Nosotros, agentes de la comunidad intelectual de ALC (personas naturales, representantes de instituciones de educación, dirigentes de sociedades científicas, miembros de equipos de investigación, investigador@s, docentes, profesor@s, estudiant@s universitari@s) nos proponemos y proponemos a la sociedad (a los demás agentes sociales) a través de esta Carta–Compromiso un conjunto de reflexiones y medidas tendientes a: potenciar el desarrollo del conocimiento; potenciar los beneficios del conocimiento para la calidad de la vida y la apertura hacia nuevas formas de existencia; proponer a la sociedad formas de trabajo que permitan extraer del quehacer intelectual todo lo posible, teniendo en cuenta que tanto el bienestar como el poder de una sociedad, dependen en grado importante del desarrollo del conocimiento y sus derivaciones.
Pretendemos con este documento:
producir algo así como un acuerdo que permita operar, allí donde no existe un derecho establecido, asumiendo las bases consuetudinarias de lo que es el trabajo intelectual, mas allá de los límites y las limitaciones del estado nación;
entregarnos a nosotros mismos pautas de acción que orienten y faciliten nuestro trabajo en el largo aliento, en vistas a producir la colaboración sinérgica, en el ámbito del conocimiento, tan necesaria en el espacio de ALC;
contribuir a la elaboración de un marco de referencia para la sociedad, que permita avanzar hacia una hegemonía, democrática e informada, respecto de la importancia del conocimiento para el interés del conjunto de la propia sociedad;
presentar una estrategia, afirmada en unas cuantas propuestas matrices, para desarrollar un trabajo en el período inmediato
“Considerandos”:
1. Considerando el papel creciente que juega el conocimiento en la calidad de vida de las sociedades contemporáneas y en los grados de poder que ostentan;
2. Considerando que la región exhibe malos indicadores de calidad educativa en todos los rankings internacionales;
3. Considerando los bajos niveles de producción de conocimiento básico y los bajísimos niveles de producción de conocimiento aplicado en nuestra región en relación a los estándares mundiales;
4. Considerando la necesidad de ofrecer a nuestra población aportes provenientes del conocimiento, que contribuyan a mejorar los niveles de desarrollo humano, calidad de vida y seguridad en el espacio mundial.
“Asumiendos”
1. Asumiendo la parte de responsabilidad compartida (probablemente en buena medida afincada en nuestra propia cultura académica) que nos cabe en la situación de subdesarrollo, estancamiento, falta de densidad intelectual y cultural, bajos indicadores educacionales y de producción de conocimiento y poca incidencia en la producción cultural mundial;
2. Asumiendo que en muchas oportunidades nos hemos dedicado más a detectar responsabilidades en otros sectores sociales que en detenernos en aquello que era responsabilidad nuestra, directa o indirectamente;
3. Asumiendo que en muchas oportunidades nos hemos orientado más hacia pequeñas acciones de heroísmo que hacia grandes acciones de hegemonía social y,
4. Asumiendo igualmente la necesidad de revertir esta situación, es que, en consecuencia, nos comprometemos:
Compromisos:
1. Nos comprometemos a impulsar o facilitar un conjunto de medidas que contribuyan a mejorar la calidad de la producción, difusión aplicación del conocimiento en la región.
2. Nos comprometemos a impulsar o facilitar un conjunto de medidas que contribuyan a mejorar los niveles de transparencia en el quehacer intelectual, medidas que sean proyectivas hacia el conjunto de la sociedad -desincentivando comportamientos amiguistas, nepotistas, de compadrazgo y otros vicios que conspiran contra la calidad del quehacer- ejemplos deben ser: concursos públicos, informados e impugnables, jurados idóneos, entre muchos otros.
3. Nos comprometemos a avanzar hacia la creación de vínculos que faciliten la sinergia entre los diversos agentes intelectuales de la región.
4. Nos comprometemos a avanzar hacia la producción de conocimiento que contribuya al bienestar de nuestros pueblos poniendo en relieve tanto temas y problemas teóricos relevantes, como también incentivando investigaciones aplicadas que contribuyan a generar procedimientos, instrumentos (materiales o simbólicos), invenciones y patentes que pensamos deben ir en beneficio de nuestros pueblos.
5. Nos comprometemos a generar instancias de organización y coordinación (al interior y más allá de los estados nación) que faciliten el diálogo con otros agentes sociales (organismos estatales, organismo internacionales, gremios, ONGs, etc.) con el fin de generar los necesarios consensos tendientes a aumentar los financiamientos para el conocimiento, junto a los métodos adecuados de control respecto del impacto que este conocimiento debe tener sobre nuestras sociedades.
6. Nos comprometemos a facilitar el uso de recursos, dentro de lo que los respectivos estatutos lo permitan, para generar nuevas instancias de trabajo que favorezcan la coordinación de esfuerzos a nivel regional para generara instancias de excelencia, profundizando e innovando respecto a las múltiples experiencias que ya existen.
Tareas:
1. Poner en marcha encuentros donde las distintas disciplinas y los distintos sectores de la intelectualidad puedan dialogar.
2. Poner en marcha y fortalecer organizaciones ya existentes que coordinen y representen a la sociedad intelectual a nivel regional.
3. Poner en marcha, utilizando los recursos disponibles de las propias instituciones académicas, como también de fundaciones y otras instancias próximas, planes-piloto de excelencia que contribuyan a mostrar a la sociedad las posibilidades del conocimiento y legitimen, en consecuencia la petición de mayores financiamientos.
4. Poner en marcha instancias de diálogo que generen pactos sociedad-intelectualidad en ámbitos y períodos específicos y con financiamientos adecuados para la realización de objetivos muy acotados.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mirando al futuro de América Latina y el Caribe: Hacia una Internacional del Conocimiento

Apesar de toda a dinâmica da comunicação e da tecnologia sempre inovadora provocada pelo processo da globalização, um fator é determinante nesse intercâmbio de relações: A Interação entre o seres-humanos. O Mundo é, definitivamente, um sistema de REDES. Em nosso caso, um sistema de Redes em que o protagonista será sempre o Intelectual, o Pensador: o Homem. Sem ele, este sistema todo não funciona.
Como afirma o intelectual e pensador chileno Eduardo Devés (IDEA-USACH): Rede "el conjunto de personas ocupadas en los quehaceres del intelecto que se contactan, se conocen, intercambian trabajos, se escriben, elaboran proyectos comunes, mejoran los canales de comunicación y sobre todo estabelecen lazos de confianza recíproca" (DEVES, 2007).
Assim, pensando na elaboração do II CICTecC - Chile 2010, "Se desea trabajar teniendo en consideración que: el conocimiento debemos entenderlo como el aleph de la sociedad contemporánea, es decir aquel punto que nos permite acceder a muchos otros que son incomprensibles e inalcanzables sin éste; la necesidad del desarrollo de las fuerzas productivas intelectuales; la importancia que la intelectualidad participe en la gestión del desarrollo del conocimiento, constituyéndose en agente de un proceso de colaboración que trasciende los espacios nacionales; la obligación de mejorar los índices de calidad-honestidad así como la necesidad de incorporar criterios éticos para la producción y difusión del conocimiento" (Convocatória 2010).
Maiores informações sobre o Congreso Ciencias, tecnologías y humanidades. Diálogo entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de América Latina y el Caribe, que se desarrollará entre el 29 de octubre y el 1 de noviembre de 2010 en la Universidad de Santiago de Chile, poderá ser encontrada no endereço: www.internacionaldelconocimiento.org

DialogosenMercosur

domingo, 6 de setembro de 2009

13 países visitantes em 7 dias de Blog


O blog DialogosenMercosur sente-me imensamente feliz com o resultado obtido nos últimos 7 (sete) dias. Levado ao ar no dia 30 de agosto de 2009, rapidamente o seu propósito foi reconhecido, ou seja: Informar o seu leitor sobre os preparativos do II Congreso Internacional Ciencias, Tecnologías y Culturas, que ocorrerá na cidade de Santiago em Outubro-Novembro de 2010, bem como contribuir com a cooperação e intercâmbio entre os povos, especialmente em nossa América Latina.
Os organizadores do DialogosenMercosur agradecem aos 13 (treze) países que já visitaram o blog até o momento: Brasil, Chile, Argentina, Alemanha, México, Espanha, Peru, Colômbia, EUA, Egito, Algeria, Uruguai e Bélgica; aos Seguidores, aos que deixaram mensagens e aos amigos do Twitter.
Obrigado.

Saudações Mercosulinas!
DialogosenMercosur

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vuelvo al Sur...

A história de nossa América Latina é uma verdadeira transculturação, cuja a soma de 'um mais um' será sempre igual a três! Até os dias atuais, continuamos a busca de uma "identidad" que explique o que ou quem somos, de fato. Sobre o tema, lembraremos dois momentos em nossa história: 1. De ontem, uma citação de Bolívar, que num discurso realizado na cidade de Angostura, em 1819, afirmou:

"Não somos europeus, não somos índios, mas sim uma espécie intermédia entre os aborígenes e os espanhóis. Americanos por nascimento e europeus por direito, nos encontramos em meio ao conflito de disputar os títulos de propriedade aos nativos e manter-nos no país que nos viu nascer, contra a oposição dos invasores. De maneira que o nosso caso é extremamente extraordinário e complicado. (...) Estamos colocados num grau inferior ao da servidão. Mantenhamos presente que o nosso povo não é nem europeu, nem americano do norte, é antes uma composição de África e América do que uma emanação da Europa... é impossível determinar com propriedade a que família pertencemos. (BOLIVAR, 1819)

2. E, de hoje, os versos de Piazzola, que cantam o Sur.




Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.

Llevo el Sur,
como un destino del corazon,
soy del Sur,
como los aires del bandoneon.

Sueño el Sur,
inmensa luna, cielo al reves,
busco el Sur,
el tiempo abierto, y su despues.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.

Te quiero Sur,
Te quiero Sur,
Te quiero Sur


Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.
Vuelvo al Sur,
llevo el Sur,
te quiero Sur,
te quiero Sur...

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DiálogosenMercosur

terça-feira, 1 de setembro de 2009

I Jornada Preparatória para o II CICtecC - Buenos Aires - AR

I Jornada Preparatória para o II CICTecC - Chile - 2010

Realizou-se na cidade de Buenos Aires - AR, nos dia 27 e 28 de agosto de 2009, a I Jornada Preparatória do II Congreso Ciencias, Tecnología y Culturas, que ocorrerá na cidade de Santiago - Chile, de 29 de outubro a 1 de novembro de 2010. Um grupo seleto de professores de várias universidades do Chile, Argentina e Brasil estiveram presentes com o objetivo de "Pensar" os melhores caminhos para podermos realizar um Congresso com total excelência.
As reuniões ocorreram no Museo Roca, localizado no charmoso bairro da Recoleta. As mesas foram coordenadas pelos Professores Eduardo Devés, Cristian Parker e Fernando Estenssoro, todos docentes do Instituto de Estudos Avançados - IDEA, da USACH.
Parabéns a todos os presentes. As discussões foram muito proveitosas e o ambiente das reuniões bastante prazeroso.

Saludos a todos.
DiálogosenMercosur

CONVOCATORIA

CONVOCATORIA AL II CONGRESO INTERNACIONAL
CIENCIAS, TECNOLOGÍAS Y CULTURAS. DIÁLOGO ENTRE LAS DISCIPLINAS DEL CONOCIMIENTO. MIRANDO AL FUTURO DE AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE - 29 de octubre a 01 de noviembre de 2010
IDEA - USACH
SANTIAGO- CHILE

Cumpliendo con los acuerdos del I Congreso realizado en octubre de 2008, donde más de mil académicos de America Latina, el Caribe y otras partes del mundo se dieron cita en la Universidad de Santiago de Chile, estamos convocando al II Congreso Ciencias, Tecnologías y Culturas. Diálogo entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de América Latina y el Caribe, a realizarse entre el 29 de octubre y el 01 de noviembre del 2010, y cuyos objetivos son:

1.Contribuir al diálogo e intercambio entre las diversas disciplinas,
2.Fomentar la discusión sobre la tarea intelectual en una rezagada América Latina en el marco del Bicentenario, y
3.Generar un gran movimiento de coordinación que comprenda a personas e instituciones que producen y difunden el conocimiento para desarrollar las fuerzas productivas intelectuales.
Nuevamente, con esta iniciativa buscamos organizar un gran encuentro académico en que deben converger todas las disciplinas en una perspectiva de diálogo y de proyecciones. El encuentro se pretende realizar como producto de las redes intelectuales ya existentes y en vista a fortalecerlas y ampliarlas, asegurando la proyección de una sociedad civil intelectual que debe constituirse en una voz importante en las discusiones contemporáneas.
LA COORDINACIÓN DEL CONGRESO CONVOCA A QUIENES DESEEN PROPONER SIMPOSIOS:
Leia maiores informações no site do Internacional del Conocimiento: http://www.internacionaldelconocimiento.org/ - Cuidado com as datas!
Comitê Brasil - Chile 2010
Diálogos en Mercosur

domingo, 30 de agosto de 2009

Seja bem-vindo ao Blog Oficial do "Diálogos en Mercosur"

Este blog pretende ser uma ferramenta de Diálogos en Mercosur, bem como divulgar o passo-a-passo do II Congreso Internacional Ciencias, Tecnologías y Culturas, que terá como tema: Diálogos entre las Disciplinas del Conocimiento, mirando al futuro de América Latina y el Caribe, que será realizado na cidade de Santiago - Chile, no período de 29 de outubro a 1 de novembro de 2010.
Seja Bem-Vindo!
DialogosenMercosur
Comitê Brasil-Chile 2010