quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo"

Em entrevista ao La Jornada, Noam Chomsky fala sobre a América Latina, definindo-a como uma das únicas regiões do mundo onde há uma resistência real ao poder do império. "Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo", diz Chomsky.

O editor do blog DialogosenMercosur abre um parêntese antes da entrevista de Chomsky para fazer um breve comentário sobre o tema: Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, nosso americanista brasileiro, que iniciou suas primeiras viagens pela América Latina nos idos de 1914-15, foi amigo pessoal de José Enrique Rodó, Juan Zorrilla de San Martin, Angel Falco, Maria Eugenia Vaz Ferreira, Manuel Gálvez, Carlos Octavio Bunge, José Igenieros, Ariosto Gonzáles, entre outras figuras ilustres do meio acadêmico platino, já nos dizia, desde aquela época, o que hoje repete Chomsky sobre a questão da resistência e a fundamental e importante integração do povo latino-americano para ser, definitivamente, livre. SIM, QUEREMOS! Lamentavelmente, os "novos" dirigentes não percebem a importância dessa união. Ao contrário do que deseja o "povo", priorizam os velhos golpes armados para assumirem ou voltarem ao poder à integração racional cantada e pregada nas ruas desse Continente.

La Jornada

A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo, diz Noam Chomsky. Há aqui uma resistência real ao império; não existem muitas regiões das quais se possa dizer o mesmo. Entrevistado pelo La Jornada, um dos intelectuais dissidentes mais relevantes de nossos tempos assinala que a esperança e a mudança anunciada por Barack Obama é uma ilusão, já que são as instituições e não os indivíduos que determinam o rumo da política. Em última instância, o que Obama representa, para Chomsky, é um giro da extrema direita rumo ao centro da política tradicional dos Estados Unidos.

Presente no México para celebrar os 25 anos de La Jornada, o autor de mais de cem livros, lingüista, crítico antiimperialista, analista do papel desempenhado pelos meios de comunicação na fabricação do consenso, explica como a guerra às drogas iniciou nos EUA como parte de uma ofensiva conservadora contra a revolução cultural e a oposição à invasão do Vietnã. Apresentamos a seguir a íntegra das declarações de Chomsky ao La Jornada:

A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo. Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo.

Leia o restante da entrevista em: http://www.cartamaior.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário